Coluna do Bob: Acessibilidade e o SUP Aloha


 

Ítalo Romano surfando de SUP. Foto: RajaBRA

Por Bob de Araujo (*)

Fiquei muito feliz quando soube duas semanas atrás que o representante dos ares e quase pássaro, Luigi Cani, levou o skatista Ítalo Romano para praticar o Stand Up Paddle.

Pra quem não sabe, Ítalo e o skate tem uma relação maior que a de atleta + equipamento: aos 11 anos de idade Ítalo teve suas pernas amputadas após ter sido atropelado por um vagão de trem. A partir daí Ítalo encontrou no skate a simbiose de que precisava para conquistar a mobilidade.

A inclusão e integração social das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida deve ser maior que o direito dessas pessoas à acessibilidade arquitetônica e urbanística; como também deve ser maior que o direito à preferência no atendimento ou às vagas prioritárias para o estacionamento de carros. Essa inclusão deve refletir a generosidade com que nós, responsáveis pela cultura e lifestyle do SUP, devemos passar adiante.

Essa generosidade é praticar a significância maior da palavra Aloha: amor, afeição, bondade, benevolência, caridade... Aloha não é só uma saudação. Aloha é um verbo de ação. Temos que agir com Aloha.

Luigi Cani, Ítalo Romano, Poli Ferrari e Carol Freitas. Foto: RajaBRA

É importante estarmos presentes. E nos fazermos presentes... Por isso que gostaria de destacar a importância da ação que vem sendo praticada pelos amigos da RajaBRA: todas as quartas, pela manhã, eles estão com a sua barraca montada promovendo o SUP. E às sextas acontece uma grande confraternização ao pôr-do-sol.

Graças a iniciativas como essa é que foi possível ao Ítalo Romano compartilhar da sensação que nós temos ao remar e surfar com uma prancha de SUP.

Graças a iniciativas como essa é que o esporte irá se difundir e passaremos a mais e mais pessoas esse espírito Aloha. Por isso devemos fomentar e encorajar esses tipos de encontros pelo Brasil adentro, não só pela inclusão social, mas também para compartilhar entre nós mesmos o agir da palavra Aloha e compartilhar o Mana’o (que é o conhecimento e experiência na linguagem havaiana) entre nós mesmos.

Esquerda pra direita: Marcão, Dudu, Poli, Carol, Ítalo, Cani e Boris. Foto: RajaBRA

Voltando ao tema acessibilidade, eu não poderia deixar de destacar também a grandiosidade do exemplo do Taiu Bueno. Clique aqui e confira a matéria do Instituito Superar.

E, aproveitando que a gente está falando de institutos e ONGs, gostaria de estender a vocês o convite feito pela Ana Henriques, do grupo “Stand Up Paddle Yoga” que, em parceria com a ONG AdaptSurf (clique aqui) irá promover neste sábado (10/dez), às 07h00, um encontro na Guarderia do Windsurf na Barra da Tijuca, para levar aos jovens atendidos por aquele instituto a experiência de remar numa prancha de SUP (possivelmente até as Ilhas Tijucas se as condições de mar estiverem favoráveis).

Portanto, como o nosso verbo Aloha é de ação, convido àqueles que quiserem agir que compareçam no evento do sábado (que se chama Remada do Bem) e levem uma prancha a mais para compartilhar e passar adiante tudo aquilo de bom que o SUP nos trouxe.

Clique na imagem para ampliar

Programação da Remada do Bem:

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Remada às 7h00

- Yoga e meditação com Lucia Marteleto (BodyTech)

- 10h20 
Kirtan com Antonio Tigre (Nirvana)

- 11h 
Distribuição de brindes para Adaptsurf
 e confraternização com café da manhã patrocinado pelo Hortifruti.

Apoio: Kpaloa

Mahalo e continuem a formar grupos de encontros regulares de SUP. Até semana que vem,

Bob. 

(*) Bob de Araujo é representante da Surftech no Brasil e escreve às quintas para o supclub.com.br

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