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Downwind é uma modalidade perfeita para o Lago Guaíba, quando os fortes ventos entram na grande Porto Alegre nessa época do ano. Leandro Raí começou a remar em 2008 de SUP sobre uma prancha de Windsurf, eram poucas as pranchas no Brasil e a figura já se aventurava no Guaíba. Ele sempre se aventurou em condições adversas na região, recentemente remou mais de 170km em uma travessia que iria terminar na cidade de Rio Grande com o projeto Travessia Mar de Dentro. No entanto, por ironia do destino, a mesma não pode ser concluída devido ao Ciclone Extratropical que devastou o acampamento, levando o veleiro que serviria como barco de apoio ao fundo da lagoa.
Foram horas de terror onde a única coisa na mente dos participantes era sobreviver. Após o incidente, Raí não parou com os treinos, continuou remando em condições e horários onde poucos se arriscam, pois é louco por adrenalina. Praticante de Stand Up Paddle, o atleta realiza cursos mergulho e pára-quedismo, ambos homologados pelas autoridades públicas do Brasil.
No último dia 13 de abril, entrou um forte vento de oeste, que é raro na região. E entrou com força total, chegando ao ponto de inviabilizar a entrada de embarcações no Guaíba. Somente algumas se aventuravam, pois os ventos criavam vagas continuas, algumas de tamanho considerável.
Mas dentro da Lagoa dos Patos as coisas são bem piores que imaginamos. Como Leandro Raí vinha treinando em diversas condições e conhece como poucos a região do estuário Guaíba, mais precisamente Itapuã, ele tem grandes amigos que são pescadores da região, que gostam de desafiar os perigos da lagoa.
Eram 5h30 e já estávamos a caminho da aventura. Passamos na casa de um grande amigo, o Leonardo Gomes, e, em seguida, partimos para o Lami onde pegamos uma prancha que estava em conserto. Após isso, partimos para Itapuã em direção à pousada do Tio Cabelo. Grandes amigos e o parceiro Jerri que se prontificou de nos levar para o canal para um Downwind perfeito, com algumas vagas que chegaram a 1.5 metro.
No começo foi tenso, mas em seguida tudo ficou tranqüilo, o chimarrão amargo chegou para espantar o frio. Foram poucos minutos de conversa no barco, atenção era dobrada o tempo todo, devido às condições que estávamos navegando, para fazer um downwind clássico. Raí ficou impressionado com a dedicação de Leonardo, um aluno que começou a remar a menos de 7 meses e já estava encarando as remadas em condições adversas. Tudo foi feito passo-à-passo para os mesmos saírem nas condições que constavam no planejamento.
Jerri, um experiente pescador e proprietário da pousada, foi um companheiro primordial para que tudo saísse seguro para um downwind curto de 6km, onde no final foi só alegria e sorrisos estampados.
A temporada para Downwind começou em Porto Alegre, Itapuã e região demais regiões do Guaíba. O atleta, através de sua operadora, a Sup Adventure, realiza uma série de expedições na região. Recentemente, a partir de uma parceria com a Pousada do Tio Cabelo, ocorreu no final de semana de 13 de Abril, em Itapuã, à 40 km do centro de Porto Alegre, a Expedição “Casca Grossa” em busca das grandes vagas de ondas do Guaíba. Segundo Raí, a combinação das condições meteorológicas, proporcionaram um perfeito Downwind com vagas até 1,5m.
Raí, convida todos aqueles que topam um downwind seguro nos canais mais preciosos do estuário, para entrarem em contato com a Sup Adventure para garantir sua vaga na próxima trip. Aloha! Informações:
