Sugestões para o caminho do ouro no Mundial da ISA


 
Literalmente no peito e na raça os atletas brasileiros conquistaram a medalha de bronze no mundial da ISA. Mas para conquistar o ouro precisamos de suporte. Foto: RommelGonzalez / ISA
Medalhista nas três edições do Mundial da ISA, a baiana Babi Brazil é a prova de que o ranking brasileiro deve ser respeitado na escolha da seleção. Foto: RommelGonzalez / ISA
A competencia australiana é notória e sua arma mais notável é o paddleboard. Foto: RommelGonzalez / ISA
  • Literalmente no peito e na raça os atletas brasileiros conquistaram a medalha de bronze no mundial da ISA. Mas para conquistar o ouro precisamos de suporte. Foto: RommelGonzalez / ISA
  • Medalhista nas três edições do Mundial da ISA, a baiana Babi Brazil é a prova de que o ranking brasileiro deve ser respeitado na escolha da seleção. Foto: RommelGonzalez / ISA
  • A competencia australiana é notória e sua arma mais notável é o paddleboard. Foto: RommelGonzalez / ISA

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Mesmo não sendo uma entidade voltada para o stand up paddle, a ISA (International Surfing Association) realiza a três anos consecutivos - e com muita competência - um campeonato mundial de SUP entre nações com o objetivo de pavimentar o caminho do SUP para as Olimpíadas. A importancia do ISA World Stand Up Paddle and Paddleboard Championships não se restringe somente à competição em si, uma bela vitrine à disposição do comitê olímpico, realizada durante pouco mais de uma semana, mas está também no fomento do esporte em países onda a modalidade ainda engatinha e também na preparação das seleções nacionais, que em tese, reúnem seus melhores atletas.

O Brasil, reconhecidamente uma das maiores potências do SUP mundial, seja por seu mercado pujante, grande número de praticantes e nível de seus atletas, no entanto, ainda não conseguiu realizar uma participação no evento sem tropeços. Em 2012, amargamos a sétima colocação, atrás de países com bem menos tradição como Argentina e Espanha; Em 2013, ficamos em quinto, atrás do México e do Peru e, neste ano, finalmente um pódio com a terceira colocação entre as nações, mas após uma verdadeira cruzada enfrentada pelos atletas brasileiros que literalmente no peito e na raça conquistaram a medalha de bronze.

Para muitos, uma evolução natural, mas uma análise mais criteriosa revela que a terceira colocação foi fruto de uma força de vontade incrível dos atletas que por mérito próprio e sem contar com apoio, seja de entidades ou equipe técnica, conquistaram o primeiro resultado que faz jus ao potencial do SUP brasileiro que, no entanto, tem qualidade e atletas com potencial para ir além e conquistar o ouro nos jogos.

Mas a grande pergunta é: Como?

Apresentamos abaixo algumas sugestões para pavimentar o caminho do Brasil rumo ao ouro no ISA World Stand Up Paddle and Paddleboard Championships. Em tempo: que fique claro que o SUPCLUB não tem a prentensão de "apontar o que deve ser feito" e nem se sobressair a qualquer entidade, mas, no papel de maior portal do stand up paddle brasileiro, entendemos ser importante apresentar sugestões que estimulem o debate entre os interessados em colocar a seleção brasileira de SUP no lugar mais alto do pódio. Resultado esse que alavancaria ainda mais o esporte por aqui.

1 - AS ENTIDADES BRASILEIRAS TEM QUE SE APROXIMAR

No Brasil quem representa a ISA é a CBS (Confederação Brasileira de Surf), mas quem reje o Stand Up Paddle nacional é a CBSUP (Confederação Nacional de SUP). O diálogo entre essas entidades precisa urgentemente ser estreitado para uma definição clara de resposabilidades a respeito da preparação de atletas e comissão técnica da seleção brasileira. 

2 - RESPEITAR O RANKING BRASILEIRO DE SUP

Após três anos de mundial, ficou claro que as seletivas realizadas pela CBS não funcionam. A opção mais sensata seria, portanto, respeitar o ranking nacional de SUP realizado pela CBSUP e a partir dele convocar os melhores atletas brasileiros de SUP Race (sprint e longa distância) e SUP Wave.

3 - CRIAR UM CIRCUITO NACIONAL DE PADDLEBOARD

O segredo do tricampeonato autraliano é o paddleboard. O país é venceu particamente todas as disputas na modalidade na história dos jogos. Isso porque consegue selecionar e preparar os melhores atletas ao longo do ano, através de competições simples, mas eficientes, realizadas entre os Surf Clubes locais. Já existe no Brasil competições e circuitos que agregam o paddleboard entre as categorias, entre eles, o Aloha Spirit, o Festival de Remada do ABC e até mesmo em várias etapas do circuito brasileiro da CBSUP. 

A CBS, enquanto entidade representante da ISA no Brasil, precisa urgentemente assumir a frente dessa questão ou delegar a responsabilidade a alguma outra entidade, para que o paddleboard brasileiro possa ser fomentado através da criação de um ranking nacional que poderia ser feito a partir dessas competições ou de pelo menos algum desses circuitos.

4 - CRIAR UM SISTEMA DE ARRECADAÇÃO DE FUNDOS COM TRANSPARÊNCIA

É preciso que se crie um sistema de arrecadação de fundos com transparência. A criação de um clube de suporte aos atletas brasileiros poderia ser realizada através da filiação de interessados em apoiar a seleção através do pagamento de uma taxa cuja verba seria revertida para o custeio das despesas da equipe brasileira durante o mundial. Os filiados fariam parte de um conselho que teria poder de voto em questões referentes aos rumos da seleção brasileira e poderiam ser contemplados com brindes pela filiação, como blusas alusivas a sua participação no processo. O número de fliados e os valores arrecadados precisariam ficar claramente expostos bem como as despesas a que eles se destinariam a cobrir.

5 - CRIAR UMA COMISSÃO DE ATLETAS

É importante que um grupo de atletas seja criado para assumir a frente de questões fundamentais como a definição de rankings, captação de recursos e também estabelecer um canal entre entidades e atletas.

6 - ELEGER A COMISSÃO TÉCNICA

Uma boa comissão técnica é fundamental para o amparo e preparo dos atletas brasileiros antes e durante o jogos. No entanto, é importante que os interessados em compor uma comissão técnica formem suas equipes. Uma votação simples, aberta a filiados (veja sugestão #4) e que também poderia ser extendida aos atletas ranquados no circuito brasileiro, poderia escolher qual a comissão técnica participaria do mundial.

7 - PROMOVER O MUNDIAL AO LONGO DO ANO

É importante que ações ligadas ao mundial sejam realizadas ao longo do ano para que o assunto não caia no esquecimento. 

 

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